Expressando a alma

Liberar dores não é fácil. Nem com arte!

Entrar em contato com as dores é algo que gera muito incômodo. É um incômodo que nos força a sair da zona de conforto, nos força a mudar aquele estado doloroso em que, muitas vezes, já nos acostumamos a estar. Ao entrar em contato e permitir a liberação, saímos dessa zona tão conhecida por nós.

É difícil, mas é transforma(dor). Transformar a dor em arte através da criatividade é poderoso e pode proporcionar experiências ricas de cura e autoconhecimento. As formas de se fazer isso podem ser variadas e infinitas, pois a criatividade possibilita a criação. Criar algo através da dor, algo que inspira e libera ao mesmo tempo: dançando, cantando, cozinhando, tocando um instrumento, desenhando, escrevendo, pintando, costurando, criando objetos e afins. Enfim, uma infinidade de experiências ligadas à arte de viver e se expressar, a arte de transformar e transmutar.

Ao longo de nossa vida, reprimimos dores e em alguns casos essa dor está atrelada à alguma potencialidade que acaba por ser também reprimida.

A arte de se expressar tem um significado profundo no processo de cura e autoconhecimento. Pode ser um processo trilhado sozinho ou também de forma coletiva, através de grupos terapêuticos ou de encontros. Expressar o que alma guarda, expressar as dores, expressar a arte de viver, expressar as potencialidades, expressar a criatividade através do poder de criação. Explorar universos desconhecidos, explorar talentos adormecidos...

Se entregar para um fluxo de exploração e descobertas. Como fazer isso? Não tem um segredo ou regra, é muito simples. Como exemplo, experimente se entregar em uma dança, trazendo nos seus movimentos o que a sua alma está sentindo; mesma coisa se estiver tocando um instrumento, solte a sua expressão e traga para as notas o que você sente no momento... Transformando a dor em algo externo e bonito.

É possível transformar a dor em arte! É possível se curar e se autoconhecer com beleza e criatividade. Se entregue e se ame! Se acolha e se permita!

Pricila Melo Terapeuta Multidimensional